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"Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa, desde que não se falte à verdade, sendo obra de caridade gritar: 'Eis o lobo!', quando está entre o rebanho ou em qualquer lugar onde seja encontrado".
(Filotea ou Introdução à Vida Devota, parte III, cap. 28).

Eu estava lá quando tudo terminou.

  • Outra vítima.
  • Sep 4, 2017
  • 3 min read

No ano de 2015, a Opus Cordis Mariae chegou ao fim, da pior maneira possível. Nós, os membros, não tínhamos idéia do que iríamos enfrentar quando deixamos a Fraternidade – sob comando do Padre Rodrigo Maria – para recomeçar!


Tudo o que descobrimos caiu como uma bomba em nossas cabeças. Eu, particularmente, não sabia o que iria acontecer daquele momento em diante, mas o que lembro perfeitamente, foi de olhar para o Padre Rodrigo e sentir repulsa daquele homem tão falso e mentiroso. Eu acreditei nele, eu confiei e fiz tudo o que ele pediu para recomeçar a obra na Opus, e no fim das contas ele mentiu, enganou e, covardemente, se escondeu.


Grande foi meu alívio quando vi os irmãos e irmãs chegando em Ribeirão Preto – SP para conversar com o Padre sobre os problemas de ordem sexual dele. Tudo chegou ao conhecimento deles graças a fotos que foram capturadas e testemunho de uma vítima que resolveu falar. Quando eu ouvi “já sabemos de tudo, viemos resolver” eu chorei, foi libertador, porque eu não aguentava mais esconder, não aguentava mais fingir, não aguentava mais as desconfianças e a pressão que estava sofrendo lá dentro.


O mais triste dessa situação toda, foi ver o Padre ignorando a nossa ajuda, porque, a princípio, não foi feito dessa reunião um tribunal, mas só foi exposto os fatos diante do próprio Padre, para dar a chance a ele de se emendar, de pedir ajuda, de ao menos ter coragem de dizer “errei”... Mas não, ele covardemente mentia para nós. Entrávamos separadamente no quarto onde ele estava, e para cada um de nós ele contava uma história, fazia suas restrições mentais, mentia, fugia do assunto, mandava a gente calar a boca, como se não soubéssemos o que estávamos falando.


É importante frisar que depois de uma vítima falar e mostrar a prova, as demais também falaram, então tratava-se realmente de algo grave e contínuo.


Depois desse episódio não resolvido em Ribeirão Preto – SP, alguns irmãos e irmãs juntamente com o Padre foram para o Paraguai, e ali sim, naquela reunião com a grande maioria dos membros da Opus tudo foi dito, colocado em pratos limpos, todos se manifestaram, as vítimas falaram, e o Padre Rodrigo continuou na sua obstinação e covardia, não aceitava nada do lhe era pedido (que se afastasse das irmãs, já que ele tinha problemas de ordem sexual) e não aceitava ajuda, de forma que ficou ainda mais claro que ele era um obstinado, que ele não queria perder a oportunidade de se aproximar das irmãs, e por esse motivo tudo terminou.


Por incrível e mais assustador que pareça a “Madre” da comunidade não deu respaldo algum para as irmãs e vítimas, permanecendo desse modo ao lado do Padre Rodrigo. Seria impossível continuar em uma Comunidade assim, seria impossível confiar naquele homem... Fomos todas embora! A vida religiosa não era verdadeira ali dentro, só a nossa vontade era, mas fomos enganadas, não tem como ser pastoreada por um lobo. Não há possibilidade de conviver com um homem que abusa psicologicamente de nós e nos arrasta para sua perversão.


Talvez muitos não entendem a dor disso tudo que relatei, mas eu sei, eu senti e sinto. É a sensação de ter perdido anos, ANOS da sua vida confiando em alguém que não passa de um dissimulador louco preso em suas imoralidades, foram anos e mais anos de vida religiosa, para que no final eu me perguntasse, o que disso tudo era verdade? Será que teve verdade ou tudo era sempre em prol dele (Pe. Rodrigo) mesmo?

No final das contas, todo mundo foi vítima.



 
 
 

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Não podemos permirtir
Querem calar as vitimas
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